Nós os Espinhos Narcisos gostamos mais do Hide Park do que do Young. Podemos ficar sossegados debaixo de uma árvore conversando sem intromissões. Em Silveira existem dois grandes grupos juvenis: os ricos que eu intitulo de grupo “bem”, no fundo são uns betinhos, mas como eu sou o Beto prefiro chamá-los de “bem”; os outros são os aspirantes a “bens”. É como se fosse direita versus esquerda. Os “bem” representam o poder e direita, os outros representam a alternativa e a esquerda. Os Espinhos podiam ser uma terceira via, como na política, mas não queremos. Nós somos nós e vemos a vida à nossa maneira. Não queremos poder.
Por isso preferimos o Hide Park, não queremos as confusões propícias ao Young. Naturalmente tempos houve em que eu e os meus amigos andámos sempre por lá. Ocasionalmente ainda lá vamos, mas é mesmo para consumir ou levar para o parque.
O curioso é que o Young esteve na origem dos Espinhos. Eu e o Mike somos vizinhos, porta com porta, tal e qual como irmãos. No entanto, ele simpatizava com o grupo aspirante a “bem”, talvez por tradição familiar. Ele e a Vanessa eram membros activos. Naturalmente que eu ia também, nem que só fosse para estar integrado num grupo no Young. Ora a Vanessa é prima, pelo lado não Silva, do Luís, que era como eu, neutro. Ou melhor, o Luís é neutro e eu sou indiferente, o que faz com que esteja fora da disputa, quem é neutro está dentro. Antes da criação dos Espinhos, portanto na pré-história, a Joana pertencia ao grupo “bem” e era aos nossos olhos uma petulante, mimada e convencida. Ok, aos meus olhos. Os outros eram contra, por ela estar do outro lado ou porque era muito activa.
Por isso preferimos o Hide Park, não queremos as confusões propícias ao Young. Naturalmente tempos houve em que eu e os meus amigos andámos sempre por lá. Ocasionalmente ainda lá vamos, mas é mesmo para consumir ou levar para o parque.
O curioso é que o Young esteve na origem dos Espinhos. Eu e o Mike somos vizinhos, porta com porta, tal e qual como irmãos. No entanto, ele simpatizava com o grupo aspirante a “bem”, talvez por tradição familiar. Ele e a Vanessa eram membros activos. Naturalmente que eu ia também, nem que só fosse para estar integrado num grupo no Young. Ora a Vanessa é prima, pelo lado não Silva, do Luís, que era como eu, neutro. Ou melhor, o Luís é neutro e eu sou indiferente, o que faz com que esteja fora da disputa, quem é neutro está dentro. Antes da criação dos Espinhos, portanto na pré-história, a Joana pertencia ao grupo “bem” e era aos nossos olhos uma petulante, mimada e convencida. Ok, aos meus olhos. Os outros eram contra, por ela estar do outro lado ou porque era muito activa.
Dois grupos juvenis... Isto começa a aquecer...
ResponderEliminar"quem é neutro está dentro", sim, declarar-se neutro implica uma tomada de posição.
O mais estranho disto tudo foi eu ter programado a publicação para hoje convencido que era terça-feira. Olhei mal o calendário :)
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